Olá amigos e amigas,
Em minhas andanças pela Net encontrei uma coletânea de livros em formatos online. Ou seja, virtual books! Você pode baixar agora mesmo e ler aí na sua tela e ter um acervo maravilhoso de livros para serem usados em sala de aula ou até mesmo para ler com seu filho.
Era uma vez, numa aldeia pequenina, uma menininha linda como uma flor; sua mãe gostava muito dela, e sua vovozinha ainda mais...
SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO - NOVA ESCOLA
Lendo o livro... antes de ler a história do livro
A aula aqui sugerida é um dos caminhos para possibilitar a formação de leitores capacitados a participar das diferentes práticas de leitura da nossa sociedade. Para tanto, é preciso criar oportunidades para que os alunos:
- constituam procedimentos de exploração do livro enquanto portador;
- constituam procedimentos de exploração do livro enquanto portador;
- desenvolvam capacidades leitoras de recuperação do contexto de produção do texto de modo a articulá-lo no processamento das idéias do texto;
- constituam comportamento leitor, implicados na socialização e necessidade de compartilhar ideias e opiniões acerca de material de leitura escolhido.
Material necessário
Material necessário
Livros de literatura infanto-juvenil constantes do acervo da Escola.
Desenvolvimento
Desenvolvimento
1ª etapa
Estudo coletivo de material de leitura
1. Organize os alunos em duplas.
2. Distribua para cada dupla um exemplar de um mesmo livro.
3. Comecem a fazer uma exploração geral do livro. Peça aos alunos que manuseiem os livros recebidos. A seguir, vá fazendo perguntas para a classe sobre os seguintes aspectos:
a. Que tipo de livro é este (de contos, poemas, lendas, romance)? Como você descobriu (Pelo título? Figura da capa? Conhecimento do autor?)?
b. Quem é o autor (brasileiro, estrangeiro)? Onde você encontrou essa informação? Mostre para todos os colegas!
c. Há algum outro lugar no livro que apresente informações sobre o autor (Oriente para que procurem dentro do livro, na orelha, na quarta-capa também.)? Que tipo de coisa o autor costuma escrever, considerando estas novas informações? Você já leu alguma obra dele? Qual? Gostou? Por que? Leria outra? Por que?
d. Qual é o título do livro? Como você descobriu?
e. Qual é a editora do livro? Onde se encontra essa informação? Você já conhece essa editora? Leu algum livro publicado por ela?
Observação: a cada resposta dada, pergunte como foi possível descobrir aquela informação, solicite que os alunos mostrem como fizeram. Isso possibilita o compartilhamento de procedimentos de manuseio do portador.
f. Considerando o título do livro, a ilustração da capa, quem o escreveu, como você acha que será a história que ele conta (se for um livro de narrativas ficcionais, é claro)?
g. Dê uma olhada nas ilustrações, dentro do livro: o que você acha que vai encontrar na história? Por que?
Observação: Problematize as pistas encontradas, caso seja necessário.
4. Depois dessa exploração geral, pergunte aos alunos se escolheriam esse livro para ler e por que. Durante o processo, vá problematizando as respostas, considerando os dados da exploração feita.
2ª etapa
Estudo e escolha de material de leitura
1. Organize os alunos em grupos de 3 ou 4 componentes.
2. Distribua as coleções de livros entre os grupos e fique você mesmo com alguns.
3. Solicite que os alunos façam, nos livros recebidos, a mesma exploração que fizeram nos livros estudados no Momento 1 dessa proposta de trabalho. Avise que, ao final, escolherão um livro para ler e deverão explicar essa escolha para os demais colegas da classe.
4. Faça o mesmo com os livros que ficaram com você e passe pelos grupos acompanhando o trabalho.
5. Após a exploração, apresente você o livro que escolheria, justificando a escolha nas pistas oferecidas pelo portador e pelo seu conhecimento anterior a respeito de autor, gênero, conteúdo, etc. Dessa forma, você está oferecendo aos alunos uma referência a respeito de como fazer uma indicação.
6. Quando terminar, solicite que cada um dos alunos de cada grupo apresente sua escolha, explicando os motivos dela.
7. Oriente os alunos para levarem o livro para casa e lerem. Explique que, na Roda de Leitores, comentarão a leitura feita, explicando se gostaram mesmo e porque.
3ª etapa
Roda de leitores
1. Organize os alunos em círculo, e avise os alunos que cada um contará como foi a leitura do livro que escolheu: se a escolha foi bem feita ou não e por que, explicando onde foi que acertou ao antecipar se gostaria do livro e onde foi que se enganou. Os alunos poderão, inclusive, ler trechinhos dos livros para ilustrar o que falam ou para mostrar do que gostaram.
2. Antes dos alunos, porém, comente você a leitura que fêz do seu livro.
3. Peça, ao final, que cada aluno mesmo aqueles que, porventura não tenham apresentado a leitura - escrevam um recadinho para colocar no mural Socializando leituras , para os colegas, comentando, rapidamente se gostaram ou não do livro e porque, indicando se recomendam ou não a leitura do material.
Aprofundamento de conteúdo
É importante que a atividade de escolha pessoal de leitura e de Roda de Leitores sejam regularmente realizadas na classe, pois possibilitam a apropriação de procedimentos de leitura, assim como o desenvolvimento de capacidades de leitura. Além disso, possibilitam a constituição de comportamento leitor, conteúdos fundamentais para a formação do leitor.
Sugestão de atividade para explorar a quarta-capa de livro
As informações que se encontram em uma quarta-capa variam conforme a editora, a edição. No entanto, costumam trazer um pequeno texto sobre o enredo da história, trechos da mídia ou, ainda, trechos do próprio livro. Às vezes, uma dessas informações vem junto com outra. O importante, nesse estudo é focalizar autoria e intenção desse texto: divulgar a obra, seduzir leitores, já que é a própria editora que seleciona ou escreve - o texto para ser publicado.
1. Peça aos alunos para ler diferentes quartas-capas e identificar que tipo de informação elas contém (fotografia do autor, dados biográficos, outras obras do autor, comentários de outros autores sobre aquele livro etc.).
2. Anote os dados encontrados na lousa. Veja, juntamente com eles, os dados mais recorrentes nos livros analisados.
3. Solicite que descubram a autoria e possíveis intenções dos textos. Discuta as opiniões, buscando confirmações nas pistas lingüísticas. Discuta, ainda, o papel que uma quarta-capa deve ter no processo de escolha de um livro para ler ou comprar.
4. Os alunos podem escrever uma outra quarta-capa para um dos livros que leram.
Trabalho semelhante pode ser feito com a orelha de livros.
Bibliografia
CRISTOVÃO, V.L.L. (2001) Gêneros e ensino de leitura em LE: os modelos didáticos de gêneros na construção e avaliação de material didático. Tese de Doutoramento não publicada. PUC-SP.
KLEIMAN, A. (1992) Oficina de Leitura - Teoria & Prática. Pontes, Campinas, São Paulo.
................ Texto e Leitor. Aspectos Cognitivos da Leitura Pontes, Campinas, São Paulo; 1989.
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola o real, o possível e o necessário. Porto Alegre (RS): Editora Artmed; 2002.
PRIVAT, J.-M (1995) Socio-logiques des didactiques de la lecture. IN: Jean-Louis Chiss; Jacques David & Yves Reuter (direction). Didactique du Français: état d une discipline. Paris: Nathan, 1995 (Pédagogie).: 133-145.
ROJO, Roxane. Letramento e Capacidades de leitura para a cidadania. PEC Formação Universitária. SEE de SP; 2002.
ROJO, Roxane. Letramento e Capacidades de leitura para a cidadania. PEC Formação Universitária. SEE de SP; 2002.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre (RS): Artmed, 1998.
Escrita de textos instrucionais: regras de brincadeiras
Objetivos
Com este trabalho, pretende-se que os alunos sejam capazes de:
- Falar e ouvir em diversas situações nas quais faz sentido expor opiniões, ouvir com atenção, sintetizar idéias, defender pontos de vista e replicar;
- Perceber as propriedades da escrita: letras como representação de fonemas, direção da escrita, combinação das letras, formas e tipos de letras;
- Ler e escrever diversos tipos de textos em situações comunicativas específicas;
- Valorizar o resgate das brincadeiras, comparando-as no espaço e no tempo
Introdução
Alfabetizar significa muito mais que simplesmente ensinar a traçar letras ou decodificar palavras. Este plano de aula propõe, através do tema "brincadeiras: ontem e hoje", atividades em que a criança possa se apropriar do sistema de escrita, ao mesmo tempo em que vai conhecendo a linguagem escrita, ou seja, os diversos tipos de textos presentes na sociedade. Os alunos vão pesquisar brincadeiras da infância de seus pais, farão votação para determinar as brincadeiras preferidas de ontem e de hoje e produzirão textos com instruções sobre essas brincadeiras para divulgação em cartazes na escola.
Desenvolvimento
Material necessário
Cartolina, papel sulfite, lápis de cor/cera e canetas coloridas.
1ª Etapa
Faça com as crianças um roteiro de entrevista para que pesquisem junto aos pais e familiares as brincadeiras de seu tempo de infância. Essa pesquisa pode conter perguntas como: "Quais eram as brincadeiras preferidas quando você era criança?", "Quais eram as regras dessas brincadeiras?" ou "Quantas crianças podiam participar?". Solicite que algumas leiam a pesquisa para a classe e que outras contem de memória o que os pais explicaram sobre suas brincadeiras de criança;
2ª Etapa
Selecione algumas brincadeiras pesquisadas para, na lousa, junto com as crianças, elaborar as instruções que explicam as brincadeiras escolhidas. Dessa forma, você estará mostrando às crianças um modelo de texto que deve atender a certas condições de produção para atender um objetivo específico;
4ª Etapa
5ª Etapa
6ª Etapa
7ª Etapa
8ª Etapa
9ª Etapa
10ª Etapa
Avaliação
Aprofundamento do conteúdo
3ª Etapa
Agrupe as brincadeiras comuns numa lista e peça que cada dupla de alunos escolha uma brincadeira que será divulgada para as outras turmas da escola por meio de um cartaz com o nome da brincadeira e o jeito de brincar;
Faça com os alunos uma lista de brincadeiras atuais, colocando-as em ordem alfabética;
Faça um cartaz com as crianças no qual conste, de um lado, os nomes das brincadeiras de hoje e, de outro, das brincadeiras de antigamente. Organize a divulgação do cartaz na escola;
Elabore uma cédula (mimeografada, xerocada ou impressa) da qual constem as brincadeiras levantadas pelos alunos e faça uma votação para escolher três delas; Junto com as crianças, faça a apuração das mais votadas, colocando na lousa o levantamento dos dados;
Divida a classe em três grandes grupos: cada grupo deverá elaborar as regras de cada brincadeira mais votada. Cada grupo será subdividido em duplas que organizarão suas regras no caderno;
Escreva na lousa as regras das três brincadeiras selecionadas. Para cada brincadeira, as duplas darão, oralmente, suas contribuições que serão negociadas com a classe toda até se chegar ao texto final que melhor esclareça as regras das três brincadeiras selecionadas;
Estabeleça uma data, um espaço e os materiais necessários para que as crianças coloquem em prática as três brincadeiras escolhidas e comparem-nas com as instruções dadas por escrito: estão claras? seguem o passo-a-passo da brincadeira? ajudam na organização? quais modificações devem ser feitas nos textos, tendo em vista sua eficácia no desenvolvimento das brincadeiras selecionadas?
10ª Etapa
Finalizando a atividade, organize junto com as crianças cartazes com cada uma das três brincadeiras mais votadas e suas regras. Estes cartazes deverão ser afixados fora da sala de aula para divulgação do trabalho.
Produto final
Escrita de cartazes com regras de brincadeiras para ser divulgadas na escola
Ao longo do desenvolvimento da atividade, é possível avaliar como o aluno:
a) utilizou a linguagem (oral e escrita) em determinadas situações nas quais faz sentido falar, ouvir, ler ou escrever;
b) discutiu oralmente;
c) colaborou com o grupo no roteiro de pesquisa com os pais;
d) organizou individual e coletivamente os dados coletados na pesquisa;
e) escreveu as regras das brincadeiras, negociando com os colegas a elaboração das instruções;
f) trabalhou os aspectos gráficos e os elementos lingüísticos dos textos trabalhados: lista, texto de instruções e cartaz.
f) trabalhou os aspectos gráficos e os elementos lingüísticos dos textos trabalhados: lista, texto de instruções e cartaz.
g) elaborou sínteses escritas para divulgação do trabalhos através de cartazes;
h) relacionou suas hipóteses de escrita com as propriedades da escrita convencional, quando foi necessário ajustar o que fala ou ouve com o que precisa escrever.
Este trabalho propõe uma articulação entre as duas aprendizagens que a criança em início de alfabetização precisa empreender: o conhecimento do sistema de escrita alfabético e a linguagem escrita expressa em vários textos presentes na sociedade. Assim, todas as crianças deverão estar envolvidas em todos os momentos do trabalho, mesmo aquelas que ainda não escrevem convencionalmente. Neste caso, o professor deve ser intérprete e, às vezes, escriba da produção do aluno. A atividade proposta trabalha com três tipos de textos, a saber:
LISTA - texto com palavras do mesmo campo semântico com uma disposição gráfica vertical ou horizontal. Texto que procura organizar informações e que exercita a memória. Ao lado deste conhecimento textual, pode-se contribuir para que a criança vá conhecendo as características do sistema de escrita, se forem sendo estabelecidas comparações no que se refere ao conhecimento/uso de letras como representação de fonemas, a direção da escrita, a distribuição das unidades gráficas das palavras (quais e quantas letras em cada vocábulo; quais iniciam com a mesma letra, quais têm a última letra igual, etc), as formas e tipos de letras;
TEXTO INSTRUCIONAL - que prescreve ações/orientações precisas para a realização de tarefas, no caso, as regras de brincadeiras infantis: nome da brincadeira, lista de quantas pessoas e/ou materiais usados (se for o caso), modo de brincar (com uso de verbos no imperativo que é o modo da ordem ou pedido);
CARTAZ - possibilita registrar e divulgar as sínteses feitas pelos alunos no decorrer do trabalho. O cartaz é um tipo de texto breve sobre cartolina ou cartões cuja organização espacial no papel (diagramação, cores, tamanho de letras) deve permitir a leitura à distância.
Bibliografia
JOLIBERT, Josette. Formando crianças produtoras de texto. Volume II. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994
JOLIBERT, Josette. Formando crianças produtoras de texto. Volume II. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994
KAUFMAN, Ana Maria e RODRIGUEZ, Maria Elena. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995
TEBEROSKY, Ana. Aprendendo a escrever. Perspectivas psicológicas e implicações educacionais. São Paulo: Ática, 1994
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